AS ESTÂNCIAS DE DZYAN (Estancia III )

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009





O DESPERTAR DO COSMOS


1 – A ULTIMA VIBRAÇAO DA SETIMA ETERNIDADE PALPITA ATRAVÉS DA INFINITUDE. A MÃE INTUMESCE ( INCHA ), EXPANDINDO-SE DE DENTRO PARA FORA, COMO O BOTAO DO LOTUS.
Mãe: águas do espaço.

2 – A VIBRAÇÃO ALASTRA-SE POR TODA A PARTE, TOCANDO COM SUA ASA VELOZ TODO O UNIVERSO E O GERME ( EMBRIÃO )QUE VIVIA NAS TREVAS , AS TREVAS QUE RESPIRAM SOBRE AS ADORMECIDAS ÁGUAS DA VIDA.
Asa veloz: simultaneamente por toda a parte.
Que respiram: que se movem
Águas da vida: caos; simbolicamente o principio feminino.

3 – AS TREVAS IRRADIAM LUZ, E A LUZ LANÇA UM RAIO SOLITARIO NO MEIO DAS ÁGUAS, NO ABISMO-MÃE. O RAIO PROJECTA-SE ATRAVÉS DO OVO VIRGEM, O RAIO FAZ VIBRAR O OVO ETERNO, E DEIXA CAIR O GERME NÃO-ETERNO, QUE SE CONDENSA NO INTERIOR DO
OVO-MUNDO.
Raio solitário: pensamento divino.
Ovo-virgem: ovário abstracto, existência potencial.
Não eterno: periódico.
Ovo-mundo: existência real, concreta.

4 – OS TRÊS CAEM NOS QUATRO. A ESSÊNCIA RADIANTE TRANSFORMA-SE EM SETE INTERNAS E SETE EXTERNAS. O OVO LUMINOSO, QUE É TRIPLICE EM SI MESMO, COALHA-SE E ESPALHA-SE EM COÁGULOS DA BRANCURA DO LEITE ATRAVÉS DAS PROFUNDEZAS DA MÃE, A RAIZ QUE CRESCE NAS PROFUNDEZAS DO OCEANO DA VIDA. Coágulos da brancura do leite: a Via Láctea.

5 – A RAIZ PERMANECE, A LUZ PERMANECE, OS COÁGULOS PERMANECEM, E O PAÍ-MÃE DOS DEUSES AINDA É UM SÓ.
Pai-mãe dos deuse: os seis em um, a raiz septenária que dá origem a todos.

6 – A RAIZ DA VIDA ESTAVA EM TODAS AS GOTAS DO OCEANO DA IMORTALIDADE, E O OCEANO ERA A LUZ RADIANTE, QUE ERA FOGO, CALOR E MOVIMENTO. AS TREVAS DESAPARECERAM E JÁ NÃO EXISTIAM; DESAPARECERAM NA SUA PROPRIA ESSÊNCIA, O CORPO DO FOGO E DA ÁGUA, DO PAI E DA MÃE.
Fogo, calor, movimento: a alma ou essência do fogo físico, calor, movimento.

7 – CONTEMPLA, Ó DISCÍPULO, O FILHO RADIOSO DOS DOIS, A GLÓRIA RESPLANDECENTE SEM IGUAL, O ESPAÇO RESPLANDECENTE, FILHO DO ESPAÇO NEGRO, QUE EMERGE DAS PROFUNDEZAS DAS GRANDES ÁGUAS NEGRAS. É O PAI-MÃE DOS DEUSES, O MAIS JOVEM, O ( LOGOS ). BRILHA COMO O SOL, É O FLAMEJANTE DRAGÃO DIVINODA SABEDORIA; O UM É QUATRO, E OS QUATRO TOMAM MAIS TRÊS, E A UNIÃO PRODUZ OS SETE, NA QUAL ESTÃO OS SETE, QUE SE TRANSFORMAM EM TRINTA, AS HOSTES E MULTIDÕES. CONTEMPLA-O LEVAN-TANDO O VÉU, E DESFRALDA-O DO ORIENTE PARA O OCIDENTE. ELE CERRA O QUE ESTA EM CIMA, E DEIXA QUE O QUE ESTÁ EM BAIXO POSSA SER VISTO COMO A GRANDE ILUSÃO. MARCA OS LUGARES PARA AS QUE RESPLANDECEM, E TRANSFORMA O DE CIMA NUM MAR DE FOGO SEM PRAIA, E O UM MANIFESTADO NAS GRANDES ÁGUAS.
O mais jovem: a nova vida.
O Um: o dragão da sabedoria.
As que resplandecem: estrelas.
O de cima: espaço.
Manifestado: elemento.

8 – ONDE ESTAVA O GERME, E ONDE ESTAVAM AS TREVAS?
ONDE ESTA O ESPIRITO DA CHAMA QUE ARDE NA LÂMPADA, Ó DISCIPULO? O GERME É AQUILO, E AQUILO É LUZ, O FILHO BRANCO E LUMINOSO DO PAI NEGRO OCULTO.
Aquilo: o principio irrevelado, a divindade abstracta.

9 – A LUZ É A CHAMA FRIA, E A CHAMA É O FOGO, E O FOGO GERA O CALOR, QUE PRODUZ ÁGUA ---- A ÁGUA DA VIDA NA GRANDE MÃE.
Luz: essência dos nossos ancestrais divinos.
Chama fria: alma das coisas, nem quente nem fria.
Fogo: criador, preservador, destruidor.
Grande mãe: caos.

10 – O PAI-MÃE TECE UMA TEIA, CUJA PONTA SUPERIOR ESTÁ ATADA AO ESPÍRITO, A LUZ DA TREVA UNA, E A PONTA INFERIOR AO SEU FIM SOMBRIO, A MATÉRIA; E ESSA TEIA É O UNIVERSO, TECIDO DAS DUAS SUBSTÂNCIAS REUNIDAS EM UMA, QUE É A SUBSTANCIA-RAIZ.

11 – EXPANDE-SE QUANDO RECEBE O HÁLITO DO FOGO; CONTRAI-SE AO RECEBER O HÁLITO DA MÃE. ENTÃO, OS FILHOS SEPARAM-SE E DISPERSAM-SE PARA VOLTAR AO SEIO DA MÃE, AO FIM DO “ DIA GRANDE ”, E VOLTAM NOVAMENTE A SER UNO COM ELA. AO ESFRIAR-SE, TORNA-SE RADIANTE. SEUS FILHOS SE EXPANDEM E SE CONTRAEM ATRAVÉS DOS PRÓPRIOS EGOS E CORAÇÕES; ABARCAM O INFINITO.
Ela: a teia.
Hálito do fogo: o pai
Mãe: matéria-raiz.
Filhos: elementos com os respectivos poderes ou inteligências.

12 – A SUBSTANCIA-RAIZ ENVIA O TURBILHÃO ÍGNIO ( NATUREZA DO FOGO ) PARA SOLIDIFICAR O ÁTOMO. CADA UM É PARTE DA TEIA. REFLECTINDO O “ SENHOR AUTO--EXISTENTE ” COMO UM ESPELHO, CADA QUAL TRANSFORMA-SE POR SUA VEZ NUM MUNDO.
Turbilhão ígnio: electricidade cósmica.
Solidificar: transmitir energia.
Cada um: átomo.
Teia: Universo.
Senhor auto-existente: a luz original.

Sabedoria eterna: Helena Petrovna Blavatsky ( HPV )

AS ESTÂNCIAS DE DZYAN (Estancia II )

terça-feira, 22 de dezembro de 2009



A IDÉIA DA DIFERENCIAÇÃO


1 – ONDE ESTAVAM OS CONTRUTORES, OS FILHOS RESPLANDECENTES DA AURORA DA EVOLUÇÃO ? NAS SOMBRAS DESCONHECIDAS DA SUA SUPREMA BEM-AVENTURANÇA CELESTIAL. OS CRIADORES QUE TIRARAM A FORMA DA NÃO-FORMA – A RAIZ DO MUNDO – A MÃE DOS DEUSES E A SUBSTANCIA-RAIZ, REPOUSAVAM NA BEM-AVENTURANÇA DO NÃO-SER

Construtores
: arquitetos do sistema planetário.
Mãe dos deuses: espaço cósmico.

2 – ONDE ESTAVA O SILÊNCIO ? ONDE O OUVIDO PARA OUVI-LO ? NÃO, NÃO HAVIA NEM SILÊNCIO NEM SOM; NÃO HAVIA NADA A NÃO SER O ALENTO INCESSANTE E ETERNO, QUE NÃO SE CONHECE A SI MESMO.

Alento eterno
: movimento eterno.

3 – AINDA NÃO TINHA SOADO A HORA; O RAIO AINDA NÃO TINHA FAISCADO DENTRO DO GERME; O LÓTUS-MÃE AINDA NÃO TINHA DESABROCHADO.

Germe
: o ponto no ovo humano que representa a raiz da matéria.
Lótus: símbolo do cosmos.

4 – SEU CORAÇÃO AINDA NÃO SE ABRIRA PARA QUE NELE PENETRASSE O RAIO ÚNICO PARA DEPOIS CAIR, COMO OS TRÊS NOS QUATRO, NO SEIO DA ILUSÃO.

Três
: pai, mãe, filho.

5 – OS SETE AINDA NÃO TINHAM NASCIDO DA TRAMA DA LUZ. SOMENTE AS TREVAS ERAM O PAI-MÃE, A SUBSTÂNCIA-RAIZ; E A SUBSTÂNCIA RAIZ EXISTIA NAS TREVAS.

Os sete
: os sete filhos, os criadores da cadeia planetária.
Substancia-raiz: a que enche o Universo, a raiz de todas as coisas.

6 – ESSES DOIS SÃO O GERME, E O GERME É UM. O UNIVERSO AINDA ESTAVA OCULTO
NO PENSAMENTO DIVINO E NO REGAÇO DIVINO.

Sabedoria eterna: Helena Petrovna Blavatsky ( HPV )

AS ESTÂNCIAS DE DZYAN (Estancia I )

sábado, 5 de dezembro de 2009




A NOITE DO UNIVERSO

1 – O PAI ETERNO, ENVOLTO NAS SUAS ROUPAGENS SEMPRE INVISÍVEIS,REPOUSA MAIS UMA VEZ DORAVANTE SETE ETERNIDADES.
Pai eterno: o espaço mãe.
Roupagens sempre invisíveis: a matéria-raiz.
Sete eternidades: 311.040.000.000.000 anos.

2 – NÃO EXISTIA O TEMPO, QUE DORMIA NO SEIO INFINITO DE DURAÇÃO.
Seio infinito da duração: onde as duas eternidades do passado e do futuro fundem-se numa só, o eterno presente.

3 – NÃO EXISTIA A MENTE UNIVERSAL,PORQUE NÃO EXISTIAM SERES CELESTIAS PARA CONTÊ-LA.
Para conter: e, portanto para manifestar-se.

4 – NÃO EXISTIAM OS SETE CAMINHOS PARA AS BEM-AVENTURANÇAS. NÃO EXISTIAM AS GRANDES CAUSAS DA MISERIA,PORQUE NÃO EXISTIA NINGUEM PARA PRODUZI-lAS E SER POR ELAS ILUDIDO.
Sete caminhos: entrar na corrente, voltar uma única vez, não voltar, Arhat,seguidos pelos três estágios superiores do Arhatado, dos quais o ultimo é chamado “o Arhat da névoa de fogo”.
As grandes causas da miséria: que são doze: ignorância, actividades formadoras, consciência, nome e forma, as seis regiões dos sentidos, contacto, sensação, sede, apego, existência, nascimento, velhice e morte.

5 – SOMENTE AS TREVAS ENCHIAM TODO O ESPAÇO ILIMITADO, PORQUE PAI, MÃE E FILHO ERAM NOVAMENTE UM SÓ, E O FILHO AINDA NÃO DESPERTARA PARA A NOVA RODA E SUA PEREGRINAÇÃO SOBRE ELA.
Pai, mãe e filho: espírito, substancia, cosmo; tempo, espaço, movimento; mônada,ego, pessoa.
Roda: globo, cadeia planetária, sistema solar, cosmo.

6 – OS SETE SENHORES SUBLIMES E AS SETE VERDADES TINHAM DEIXADO DE SER,E O UNIVERSO, O FILHO DA NECESSIDADE, ESTAVA IMERSO NA BEM-AVENTURANÇA SUPREMA,PARA SER DESPERTADO POR AQUILO QUE É, NO ENTANTO, NÃO É. NADA EXISTIA.
Sete verdades: somente quatro foram reveladas até agora, umas por cada ronda.
Necessidade: lei da causalidade.
Bem-aventuranças suprema: perfeição absoluta.

7 – AS CAUSAS DA EXISTÊNCIA TINHAM SIDO EXTINTAS; O VISIVEL QUE EXISTIA, E O UNIVERSO QUE EXISTE, DESCANSAVAM NO ETERNO NÃO-SER O UNO QUE É.
Causas da existência: idênticas ás causas da miséria do verso 4.

8 – SÓ, A ÚNICA FORMA DE EXISTÊNCIA ESTENDIA-SE ILIMITADA, INFINITA IMOTIVADA, NUM SONO SEM SONHOS; E A VIDA PULSAVA INCONSCIENTE NO ESPAÇO UNIVERSAL,ATRAVÉS DAQUELA ONIPRESENÇA SENTIDA PELO OLHO ABERTO DA ALMA PURIFICADA.
Uma forma de existência: base e fonte de todas as coisas.
Sono sem sonhos: existência sem forma, sem imagens.
Olho aberto: a visão espiritual do vidente.
Alma purificada: Adepto de nível superior.

9 – MAS ONDE ESTAVA A ALMA PURIFICADA QUANDO A ALMA-RESERVA DO UNIVERSO VIVIA A REALIDADE ABSOLUTA, E A GRANDE RODA ERA ÓRFÃ.
Alma-reserva: super-alma universal, alma-grupo cósmica.

Sabedoria eterna: Helena Petrovna Blavatsky ( HPV )


JUÍZES EM CAUSA PRÓPRIA

domingo, 22 de novembro de 2009




Discretamente, o instrutor elucidou-nos.
- Estamos a presenciar uma cerimónia semanal dos juízes implacáveis que aqui têm a sua sede. A operação de selecção dos vários tipos de sofredores criminosos que aqui vemos às centenas realiza-se com base nas irradiações da aura de cada um. Os guardas que estamos a ver actuar são técnicos especializados na identificação dos males de cada um, através das cores que caracterizam as auras dessas almas ignorantes, perversas ou desequilibradas. A decisão tem de fazer-se previamente, para facilitar o posterior trabalho dos juízes.
( … )
- Mas, por que motivo – perguntei num sussurro – confere o senhor atribuições de julgamento de espíritos despóticos? Porque estará a justiça, nesta cidade estranha em mãos de príncipes diabólicos?
O instrutor respondeu:
- Vê as coisa de outra maneira: Quem se atreveria a nomear um anjo de amor para exercer o papel de carrasco? – E acrescentou: - Além disso, aqui, como na Crosta, cada posição é ocupada por aquele que a deseja e procura.
Vagueei o olhar em redor e confrangeu-se-me a alma. Na comunidade das vítimas, arrebanhadas aos magotes, como se fossem animais raros para uma festa, predominavam a humildade e a aflição. Mas, entre as sentinelas, a peçonha da ironia transbordava. Ouviam-se palavrões. À frente a vasta tribuna, ainda vazia, e sob as galerias laterais apinhadas de povo, amontoava-se uma multidão compacta, irreverente.
Decorreram alguns minutos, quando uma vozearia se fez ouvir:
- Os magistrados! Os magistrados! Lugar, lugar para os sacerdotes da justiça!
Funcionários rigorosamente trajados à moda dos lictores da Roma antiga, carregando aos ombros a simbólica machadinha ( fasces ), avançam, ladeados por servidores que sobraçavam grandes tochas, a clarear-lhes o caminho. Penetraram no átrio em passos ritmados e, depois deles, sete andores, sustentados por dignitários diversos daquela corte brutalizada, traziam os juízes pomposamente ataviados.
Que solenidade religiosa era aquela? As poltronas suspensas eram em tudo idênticas á sédia gestatória das cerimónias papais.
(…) Tambores variados rufaram, como se estivéssemos numa parada militar em grande estilo, e uma composição semi-selvagem acompanhou-lhes o ritmo. Terminado aquele ruído, um dos julgadores levantou-se e dirigiu-se ás massas, aproximadamente nestes termos:
- Nem lágrimas nem lamentos. Nem sentença condenatória, nem absolvição gratuita. Esta casa não pune nem recompensa. Entre criminosos, é escusado qualquer recurso à compaixão. Aqui, não somos distribuidores de sofrimento, mas sim agentes do Governo do Mundo. A nossa função é seleccionar delinquentes, a fim de que as penas lavradas, não por nós, mas pela própria vontade de cada um, sejam devidamente aplicadas em lugar e tempo justos. (…) Seguidores do vício e do crime, temei! Condenados por vós mesmos, conservai a mente prisioneiras das mais baixas forma de vida, à maneira de batráquios encarcerados no visco de um pântano durante séculos.
(…) A multidão seguia aquelas palavras, de olhos esgazeados pelo pavor.
O juiz, por sua vez, não aparentava o menor resquício de misericórdia e mostrava-se apenas interessado em criar um ambiente negativo, criando nos ouvintes um temor angustioso.
- Amaldiçoados sejam pelo Governo do Mundo os que nos desrespeitarem as deliberações, baseadas, aliás, nos arquivos mentais de cada um.
E incidindo toda a força magnética que lhe era peculiar, através das mãos, sobre uma pobre mulher que o fixava, estarrecida, ordenou-lhe, com voz soturna:
- Vem!, vem!
Como uma sonâmbula, a infeliz obedeceu à ordem e foi colocar-se em baixo da tribuna, sob a influência directa da radiação dele.
- Confessa!, confessa! – Determinou o desapiedado julgador, conhecendo a fragilidade da mulher.
A desventurada bateu no peito, como se rezasse uma (mea culpa), e gritou, em lágrimas:
- Perdoai-me, perdoai-me!, ó Deus meu!
E, como se estivesse sob a acção de uma droga misteriosa que a obrigasse a desvendar o seu íntimo, falou, com voz alta e pousada:
- Matei quatro filhinhos inocentes e combinei o assassínio do meu intolerável marido… Mas o crime é um monstro vivo. Perseguiu-me enquanto estive viva. Quis fugir-lhe através de todos os recursos, mas foi em vão. Por mais que tentasse afogar o meu infortúnio em bebidas e prazer, mais me atolei no charco de mim mesma…
De repente, assediada por lembranças antigas, gritou:
- Quero vinho, vinho! Prazer!...
Em vigorosa demonstração de poder, o magistrado afirmou, triunfante:
- Como libertar semelhante fera humana, só porque pede perdão e solta lágrimas?
E, fixando sobre ela o seu temível olhar, asseverou, peremptório:
- A sentença foi lavrada por ti mesma! Não passa de uma loba, de uma loba, de uma loba…
E, à medida que repetia a afirmação, como se procurasse persuadi-la a sentir-se na condição desse animal, notei que a mulher, profundamente sugestionada, modificava a sua expressão fisionómica: entortou-se-lhe a boca, a testa abaulou-se para a frente, os olhos alteraram-se-lhes nas orbitas e uma expressão simiesca revestiu-lhe o rosto.
Via-se patente, naquela exibição de poder hipnótico, o efeito da ideoplastia sobre o corpo astral daquela criatura.
Pergunte:
- Esta irmã infortunada permanecerá doravante em tal aviltamento de forma?
Depois de uma pausa, o nosso instrutor disse, com tristeza:
- Ela não passaria por uma humilhação destas se não o merecesse…Mas, vejamos as coisas de modo positivo: se ela se afeiçoou docilmente às energias negativas do juiz cruel em cujas mãos caiu, poderá também vir a esforçar-se intimamente por se afeiçoar à influenciaçao positiva dos benfeitores que nunca faltam por aí, em busca dos arrependidos de coração sincero. Tudo se resume á sintonia. Onde colocamos o nosso pensamento, colocamos a nossa vida.

Extraído do livro do escritor EMANUEL SÁSKYA


Este texto é uma ficção, deve ser lido como tal.
Não reporta factos e ou situações vividas ou reais, não é um relato verdadeiro, nem falso, mas que me leva a muitas reflexões, para de certa forma olhar a vida de uma forma mais consciente e da responsabilidade e o papel que cada um de nós está a executar e ou executou.
A crueldade do texto é por demais evidente, mas se nos consciencializarmos daquilo que dizemos e até queremos no dia a dai, e aquilo que realmente fazemos, podemos encontrar a sintonia de quem realmente somos, derrubando as barreiras de tudo que não queremos ( ou queremos ), ninguém esta certo, ninguém esta errado… Estamos como queremos e como fizemos por merecer.


O RIO E O MAR

domingo, 15 de novembro de 2009





Todo o rio anseia por chegar ao mar para se fundir com ele, para ser também o mar, igualmente, toda a alma anseia por chega á luz para se fundir com ela e ser também a luz.
Deveis ser um rio de águas limpas e transparentes que, na sua caminhada para o grande mar de luz, vai alimentando os peixes e estes as aves marinhas e outros peixes maiores; que vai banhando as margens, fazendo com que as flores cresçam, para que as abelhas retirem o seu pólen e façam o mel; que vai fazendo com que as arvores se elevem e dêem frutos saborosos que alimentam os pássaros e os homens.
Sede realmente um verdadeiro rio de luz que, na sua caminhada, alimenta as almas famintas da humanidade. Assim, só assim – podereis crescer até que, um dia, sejais também um grande mar luminoso. Hoje o vosso rio é sujo e lamacento, pois vós o sujais com entulho de vossos desejos, rancores, ódios, invejas, ganâncias e maledicências acerca dos outros; por isso, os vossos rios estão moribundos, sem vida real. No entanto, todo o verdadeiro discípulo se esforça por ser um mestre – que é um grande rio de luz.
O mar é constituído de muitos rios, como os rios são constituídos de muitas gotas de agua; assim, na gota encontra-se a essência do mar, como no mar se encontra a própria gota, visto que ela sai do mar e, fatalmente, terá um dia de voltar às suas verdadeiras origens. Em vós esta a essência de luz, que vem do Grande Uno e a ele terá de regressar. Para isso tendes, porem, que limpar o vosso rio e não atirar mais pedras e lixo para dentro dele.
Quando lançais pedras para o rio dos outros, elas infalivelmente cairão no vosso próprio rio. Quando julgais ver o lixo dos outros, na realidade o que estais a ver é o vosso próprio lixo. Geralmente a orgulhosa personalidade humana não consegue ter a grandeza e a humildade interior de reconhecer o próprio lixo. Contudo o verdadeiro discípulo trabalha constantemente para purificar o seu « rio interior », pois sabe que só chegará ao Grande Mar e só conseguirá fundir-se com Ele se for completamente puro e humilde.
Deveis deixar correr, do chacra cardíaco, o vosso rio de amor puro, sincero e que nada espera em troca, tal como o rio e o mar se entregam, se doam, sem nada esperarem de retorno. Quem já se encontra na senda da luz tem que ser transparente como o rio de aguas puras – humilde como ele, mas forte como o mar.
Que o vosso « mar interior » seja puro, limpo, transparente e sereno, para que no seu horizonte possa nascer o novo sol espiritual; assim de vós sairá o « alimento místico » que saciará outras vidas e a vossa alma será como um sol que iluminará as trevas e as diluirá, guiando os caminhos escuros dos vossos irmãos.
Esperemos igualmente que hoje sejais uma « gota de luz » no rio do vosso mestre, para que amanhã vós sejais o rio do vosso mestre o mar e, mais tarde, vós sejais o mar e o mestre o sol, para, deste modo, todos chegarem á grande unidade na essência divina.
O discípulo e o mestre não são mais que do que uma gota no grande rio cósmico; este, por sua vez, também anseia por se fundir com o grande mar cósmico e ainda este nada mais é do que uma pequena gota de outro mar ainda maior. A verdadeira vida não tem fim e nunca teve principio.
Vós sois o rio e o mar na pequenez e na grandeza do vosso universo interno.

CONFUCIO


PINTURA

domingo, 8 de novembro de 2009





Não sou pintor, não sou filosofo nem tão pouco poeta, sou apreciador das artes e gosto de espalhar tintas nas telas, o resultado pouco me importa, o que me importa é o prazer que as coisa me dão, sem arrogância mas também sem complexos vou postar um dos resultados desses momentos de prazer


A UNIFICAÇAO

quinta-feira, 5 de novembro de 2009




O cosmos pulsa, a terra vibra…
Assim se vão passando, no desconhecimento da maioria da humanidade, acontecimentos presentes, passados e futuros cuja cadência tem muito a ver com o respirar dos Logos dos diversos Sistemas, Universos e para alem deles.
Podeis sentir pulsar o UNO ?
A unificação é uma das vias – na actual fase da espiral evolutiva da Terra – para o conseguir. Mas afinal, de que unificação falamos ?
A unificação é a vivência – vivência no sentido da ultrapassagem das diferenças que, verdadeiramente só existe no reino das aparências.
A unificação é uma meta. Tudo caminha para o Grande Uno.
A unificação é uma das exteriorizações do 3º raio. De facto a unificação também implica previamente, actividade. Só quando não existe unificação … se pode falar de unificação. Então, sob o prisma do 4º reino ( o reino humano ), tem que haver uma manifestação – activa e amorosa – cuja meta é, precisamente, a unificação. Não é por acaso que servidores especialmente ligados ao 3º raio têm uma particular responsabilidade no que respeita à unificação. Importante será que, cada vez mais, consigam vivenciar no dia-a-dia, hora a hora, minuto a minuto, algo que se vá aproximando do sentido arquetípico da unificação.
Como será possível aspirar à unificação dos outros, se nós próprios não vivemos a unificação ? E se nem sequer compreendemos o que é unificação ?
A unificação proporciona um estado que permite o desenvolvimento de outros atributos como o reconhecimento do Belo, a transmutação do Conhecimento, a Reunião religiosa ( diríamos antes, a conquista da sabedoria ) e a penetração no Ritmo do Cosmos.


ROUENA

PEDRA FILOSOFAL

terça-feira, 3 de novembro de 2009




Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer

Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos

Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul

Eles não sabem que sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento

Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista

Mapa do mundo distante
Rosa dos ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança

Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim

Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora

Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar
Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança

Manuel Freire
Composição: António Gedeão




Manuel Freire cantor de grandes poetas e canções de intervenção antes e depois do 25 de Abril ( revolução dos cravos). Os vídeo também contem a letra do poema, mas mesmo assim vou manter o poema para uma melhor apreciação.



O HOMEM DESCONHECIDO

sábado, 17 de outubro de 2009



O ser humano perdeu-se de si mesmo, criou ilusões, labirintos e perdido afastou-se cada vez mais de si mesmo.

Perdemo-nos das nossas verdadeira origens, de onde viemos, o que fazemos aqui e para onde vamos.


Deixamo-nos conduzir e seguimos outros homens, que por sua vez também não sabem de onde vieram, porque estão aqui e para onde caminham. Nada mais a propósito dizer que são uns quantos cegos a guiar os cegos.

Desconhecendo todas as nossas potencialidade, ainda que aqui ou ali fragmentos desta sejam alcançados por uns, mais que outros mas acessível a todos, somos todos iguais feitos á imagem e semelhança do criador, independentemente do estado em que se encontrar, com as mesmas possibilidades, direitos e obrigações, onde brilha a chama divina.


Desconhecemos a grandeza da consciência criadora, utilizamos uma ínfima capacidade e potencialidade da nossa mente sendo que poderia afirmar que por analogia que somos uma célula dessa mente cósmica.


A constante busca fora de nós, ao invés de direccionada para dentro para a divindade que habita em cada um ou o conhecimento de si mesmo, tem nos conduzido ao sofrimento, desarmonia e conflito, ao ponto de em nome da divindade julgarmos, discriminarmos e até matarmos, contrariando a essência divina que é amor paz harmonia justiça e sabedoria e luz.


Não conseguiremos desvendar todos os mistérios externos, enquanto não desvendarmos os internos, uns e outros ainda que aparentemente separados, são correspondentes e a da mesma essência.

Adquirir conhecimento, aplica-lo no dia a dia, são as ferramentas que nos levarão a construir a libertação da ilusão e nos tornará eternamente livres.


O Homem desconhece Homem!


Para todos que lerem este texto, fica a ressalva de não ser uma criação minha, mas sim um resumo e interpretação de vários textos lido à algum tempo e atribuído a um ser de luz.

Não vejo necessidade de colocar o nome já que mais importante que os rótulos, privilegio o conteúdo que é sem duvida aquilo a que cada um ira reagir.

Não pretendo também dar a ideia de um conhecedor profundo do quer que seja, tão só pretendo partilhar pensamentos, pensamentos que não tem a pretensão de serem verdades ou mentiras absolutas, tão só pensamentos para interpretação e opinião com toda a liberdade que a cada um lhe assiste e respeito.


Paz Interior!

SÉNECA E SEUS PENSAMENTOS

terça-feira, 13 de outubro de 2009


O amor não se define; sente-se

A virtude é difícil de se manifestar, precisa de alguém para orientá-la e dirigi-la.

Mas os vícios são aprendidos sem mestre


Nunca a fortuna põe um homem em tal altura que não precise de um amigo

A parte mais importante do progresso é o desejo de progredir

Ninguém é tão velho que não espere que depois de um dia não venha outro

Alguns [chefes] são considerados grandes porque lhes mediram também o pedestal

Devem ser evitados os tristes de que tudo se queixam

Deixarás de temer quando deixares de ter esperança


Foges em companhia de ti próprio: é de alma que precisas de mudar, não de clima

Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida

Devemos ir buscar a coragem ao nosso próprio desespero

A coragem conduz às estrelas, e o medo à morte

O destino conduz o que consente e arrasta o que resiste

As dores ligeiras exprimem-se; as grandes dores são mudas

Ensinando, aprende-se

A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida

Se me apetece rir de um louco, não preciso de ir procurar muito longe; rio de mim mesmo

Depois da morte não há nada e a morte também não é nada

Quando o sangue respira o ódio, não pode dissimular-se

Os desgostos da vida ensinam a arte do silêncio

O trabalho é o alimento das almas nobres

O amor não pode coexistir com o temor

Se quiseres ser amado, ama

Sou muito grande, e muito superior é o destino para o qual nasci, para que eu possa permanecer escravo do meu corpo

Até mesmo de um corpúsculo disforme pode sair um espírito realmente forte e virtuoso

As coisas que nos assustam são em maior número do que as que efectivamente fazem mal, e afligimo-nos mais pelas aparências do que pelos factos reais

Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas

Do mal não pode nascer o bem, assim como um figo não nasce de uma oliveira: o fruto corresponde à semente



Lucius Annaeus Seneca, filósofo e escritor da
Roma Antiga, e viveu entre o ano 4/65.



AUM BRAHMAN - CHANDHOGYA UPANISHAD

TUDO É DEUS

segunda-feira, 12 de outubro de 2009



No principio Deus é tudo

E tudo é Deus

Depois tudo manifestou-se

E sendo Deus tudo

Tudo é Deus manifestado

Tudo é água, é terra, é ar e fogo

Tudo é sim e não

Tudo é aqui e ali

Tudo é claro e tudo é escuro

Tudo é pedra

Tudo é planta

Tudo é animal

Tudo é homem


ॐ OM SHANTI OM ॐ

 
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